A Poliúria é um aumento na produção de urina, e a Polidpsia é um aumento no consumo de água. A polidipsia é definida em cães e gatos como um consumo de água superior a 100 ml/kg/24 horas; a poliúria é definida como uma produção de urina maior que 50 ml/kg/24 horas. Há causas primárias para casa condição, mas as manifestações clinicas de ambos ocorrem na maioria dos gatos acometidos. Por exemplo, os gatos com polidpsia urinam volumes maiores para eliminar os líquidos excessivos do organismo; os gatos poliúricos desidratam-se e bebem água em excesso para recompensar.
As múltiplas causas de poliúria/polidpsia nos gatos podem ser agrupadas em quatro categorias principais: renal, endócrina, metabólica e mista. Sem dúvida, as causas mais comuns de poliúria/polidpsia em gatos são insuficiência renal, diabete melito e hipertireoidismo.
A ingestão de água pode ser de fontes incomuns (p. ex.,banheiras, pias, vasos sanitários, vasos de plantas). Fármacos e toxinas (nefrotóxicos) frequentemente podem ser excluídos pela história. Os gatos com pielonefrite ou IRC pode ter apresentado episódios recorrentes de doença do trato urinário inferior precedendo a poliúria/polidpsia. Os gatos com insuficiência hepática comumente apresentam uma história prolongada de mau comportamento e podem ter sofrido perda de peso, anorexia, vômito ou ictericia compatíveis com hepatopatia. Os gatos com hipoadrenocorticismo em geral apresentam uma história de sinais gastrintestinais intermitentes assim como poliúria/polidipsia. A polifagia com polidpsia/poliúria é mais comuns em gatos com hipertireoidismo ou diabete melito. Os gatos com hipertireoidismo ou hiperadrenocorticismo com frequência apresentam uma história de agressividade; o hiperadrenocorticismo está comumente associado com problemas dermatológicos.
Os gatos com poliúria/polidipsia associadas a doença renal podem apresentar varias alterações distintas no exame físico. P.ex., rins aumentados de volume ocorrem em doenças renais agudas, nefropatia obstrutiva e linfoma. Os gatos com insuficiência renal cronica (IRC) em geral apresentam rins pequenos com margens irregulares e evidencia de perda de peso e podem ter ossos amolecidos ou lesões da retina. Nódulos tireóideos podem ser palpados na região cervical ventral de gatos com hipertireoidismo. Os gatos com insuficiência hepática são magros e têm evidencia de ascite, ictericia ou disfunção neurológica. O útero pode ser palpado em gatas com piometra. Muitos gatos com diabete melito apresentam hepatomegalia palpável. A maioria dos gatos com hiperadrenocorticismo apresenta alopecia e adelgaçamento da pele.
Testes sanguíneos específicos são utilizados no planejamento do diagnósticos de gatos com poliúria/polidipsia. O diabete melito é confirmado em gatos com hiperglicemia, glicosúria e três dos seguintes sinais clínicos: Polifagia, poliúria, polidipsia e perda de peso. Uma concentração basal de frutosamina em geral é determinada após o diagnóstico e é utilizada para monitorar a terapia.Os gatos com insuficiência hepática resultando em poliúria/polidipsia podem apresentar baixas concentrações de albumina, nitrogênio da uréia sanguínea, glicose, colesterol e atas concentrações de bilirrubina na bioquímica sanguínea de rotina. Os ácidos biliares séricos pré e pós-prandiais são usados para documentar insuficiência hepática em casos com resultados questionáveis. Uma mensuração de concentrações séricas múltiplas de T4 total, um teste de supressão do T3 ou uma cintilografia com tecnécio podem ser úteis para confirmar hipertireoidismo. O teste de estimulação com hormônio adrenocorticotrópico possibilita excluir hiperadrenocorticismo e hipoadrenocorticismo. A maioria dos gatos com hipoadrenocorticismo apresenta concentrações elevadas de potássio e baixas de sódio. A eletroforese protéica determina o tipo de gamopatia em gatos com síndrome de hiperviscosidade.
Insuficiência Renal Aguda (IRA) e pielonefrite podem ocorrer em gatos de qualquer idade. Insuficiência Renal Cronica (IRC) é mais comum em gatos mais velhos; as exceções incluem as raças com doenças renais congênitas (Ex. Persas). Os distúrbios metabólicos e endócrinos são mais comuns em gatos mais idosos ; uma exceção está na insuficiência hepática devida á hepatopatia congênita. Associações raciais são observadas com algumas causas de poliúria/polidpsia. Por exemplo, os gatos persas comumente apresentam a doença policística dos rins e os gatos abissínios em geral apresentam amiloidose. Piometra é mais comum em gatas intactas.
Os relatos históricos que estão associados com as causas de poliúria/polidpsia são:
-Relato de grande quantidade de urina na caixa sanitária
-Micção inadequada
-Aumento no consumo de água
-Sinais clínicos refletindo o problema primário
Os gatos com poliúria/polidipsia associadas a doença renal podem apresentar varias alterações distintas no exame físico. P.ex., rins aumentados de volume ocorrem em doenças renais agudas, nefropatia obstrutiva e linfoma. Os gatos com insuficiência renal cronica (IRC) em geral apresentam rins pequenos com margens irregulares e evidencia de perda de peso e podem ter ossos amolecidos ou lesões da retina. Nódulos tireóideos podem ser palpados na região cervical ventral de gatos com hipertireoidismo. Os gatos com insuficiência hepática são magros e têm evidencia de ascite, ictericia ou disfunção neurológica. O útero pode ser palpado em gatas com piometra. Muitos gatos com diabete melito apresentam hepatomegalia palpável. A maioria dos gatos com hiperadrenocorticismo apresenta alopecia e adelgaçamento da pele.
A confirmação da poliúria/polidpsia se dá através da realização de um estudo do consumo de água durante 24 horas em casa. Todas as torneiras devem ser fechadas e as tampas dos vasos sanitários colocadas na posição abaixada para que uma única fonte de água possa ser usada a fim de se determinar o consumo. Os gatos normais devem beber mais que 100 ml/kg/24 horas e urinar mais que 50 ml/kg/dia. Na ausência de uma mensuração precisa da quantidade do consumo hídrico, a urina diluída, em uma urinálise, é defensora de poliúria. Também é incluído no plano diagnóstico inicial a combinação de hemograma completo, perfil bioquímico sérico, urinálise, osmolaridade sérica e T4 total (gatos com mais de cindo anos de idade) para confirmar ou eliminar a maioria dos disgnósticos diferenciais.
A urinálise auxilia muito na classificação dos diagnósticos diferenciais. A densidade da urina em geral é inferior a 1.035 em gatos com poliúria/polidpsia. Uma proteinúria é normalmente detectada em gatos com lesões glomerulares ou tubulares nos rins. Nos gatos com diabete melito , uma glicosúria com ou sem cetonúria é detectada. A glicosúria pode ser encontrada em doença tubular como a glicosúria renal primária, mas o gato está normoglicêmico. Cristais de biurato de amônio podem ser achados em gatos com insuficiência hepática; outros tipos de cristais podem ser detetados em gatos com outras formas de uropatia obstrutiva. Piúria e bacteriúria são comuns em gatos com pielonefrite. Os gatos com hiperadrenocorticismo podem ter bacteriúria sem piúria; o cortisol urinário reduz a inflamação enquanto promove infecções.Os gatos com diabete insípido nefrogênico ou central apresentam as mensurações de densidade da urina mais baixas (p.ex.,1,001-1,008).
A osmolaridade sérica também auxilia na classificação dos diagnósticos deferenciais. A maioria dos gatos tem polidipsia com poliúria compensatória ou poliúria com polidipsia compensatória. Os gatos com polidipsia primária diluem a osmolaridade sérica e urinam excessivamente para elimina o volume extra. Os gatos com poliúria desidrata-se, aumentando a osmolaridade sérica e resultando em polidipsia compensatória. Os valores de osmolaridade sérica inferiores a 280 e superiores a 310 são mais compatíveis com polidipsia e poliúria respectivamente. Em função da conicidade e dos mecanismos compensatórios, entretanto, uma osmolaridade sérica normal é observada na maioria dos casos.
Testes sanguíneos específicos são utilizados no planejamento do diagnósticos de gatos com poliúria/polidipsia. O diabete melito é confirmado em gatos com hiperglicemia, glicosúria e três dos seguintes sinais clínicos: Polifagia, poliúria, polidipsia e perda de peso. Uma concentração basal de frutosamina em geral é determinada após o diagnóstico e é utilizada para monitorar a terapia.Os gatos com insuficiência hepática resultando em poliúria/polidipsia podem apresentar baixas concentrações de albumina, nitrogênio da uréia sanguínea, glicose, colesterol e atas concentrações de bilirrubina na bioquímica sanguínea de rotina. Os ácidos biliares séricos pré e pós-prandiais são usados para documentar insuficiência hepática em casos com resultados questionáveis. Uma mensuração de concentrações séricas múltiplas de T4 total, um teste de supressão do T3 ou uma cintilografia com tecnécio podem ser úteis para confirmar hipertireoidismo. O teste de estimulação com hormônio adrenocorticotrópico possibilita excluir hiperadrenocorticismo e hipoadrenocorticismo. A maioria dos gatos com hipoadrenocorticismo apresenta concentrações elevadas de potássio e baixas de sódio. A eletroforese protéica determina o tipo de gamopatia em gatos com síndrome de hiperviscosidade.
As técnicas de imagem auxiliam no diagnóstico de poliúria/polidipsia. A radiografia e a ultra-sonografia são usadas para auxiliar na avaliação de causas hepáticas, renais ou uterinas desta doença. As radiografias torácicas e abdominais em geral são examinadas em gatos com hipercalcemia para avaliar a evidencia de neoplasia. A cintilografia nuclear é usada para documentar a taxa de filtração glomerular ou para confirmar hipertireoidismo. Imagens de tomografia computadorizada ou de ressonância magnética do cérebro podem ser necessárias para avaliar as causas de diabete insípido central.
O teste de privação de água quase nunca é requerido, somente para diabete insípido idiopático ou central e polidipsia psicogênica (que são situações raras).









